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15/12/2004 14:00:00
Relatório da Cetesb coloca São Vicente em primeiro lugar no tratamento de seu lixo
A transformação do Lixão do Sambaiatuba em Parque Ambiental, em 2002, fez a Cidade conquistar nota 9,8 - a melhor da Baixada

O Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2003, apresentado no dia 21 de maio último, pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), registrou que São Vicente teve um progresso significativo quanto ao tratamento do lixo produzido, deixando a Cidade em primeiro lugar entre as cidades da Região. 
A situação de São Vicente foi considerada adequada pela Cetesb. Os números do Índice de Qualidade de Resíduos (IQR),
em 2003, foi de 9,8, uma nota ainda melhor que no ano anterior, 2002, quando o IQR já era positivo: 9,0 – também liderando o ranking. Um dos responsáveis pelos resultados positivos foi a desativação do lixão que funcionava no Sambaiatuba.

A Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) desativou, no dia 1º de abril de 2002, o Lixão do Sambaiatuba, que durante 32 anos recebeu todo o lixo produzido na Cidade, causando inúmeros problemas ambientais e sociais. Desde a desativação, o lixo é encaminhado para um aterro sanitário no Município de Mauá, a 80 km da Cidade, sob responsabilidade da empresa Lara, que venceu a licitação para promover a destinação final do lixo doméstico.

O imenso depósito de 47 mil m2, 17 metros de altura de detritos compactados e que recebia 240 toneladas/dia de lixo produzidas pelos mais de 300 mil habitantes, foi transformado em um parque ambiental , que abriga uma escola de Educação Ambiental, quadras de esporte, pista de cooper, playground, viveiros entre outros atrativos. O antigo lixão já produziu, desde a sua inauguração, em 2002, 150 toneladas de composto orgânico (adubo feito com resíduos de feira e podas de árvore) e milhares de unidades de mudas herbáceas (para plantio em jardins) e arbóreas (árvores urbanas).

Uma equipe formada por nove funcionários se reveza nessa produção. As herbáceas (margaridas amarelas, begoninhas, alissons, pingos de ouro e as mais diversas espécies próprias para plantio em jardins) são plantadas nas próprias dependências do parque e em localidades da Cidade. A capacidade de produção é de até 30 mil mudas por mês, dependendo da espécie.

O Município investiu R$ 520 mil no projeto de extinção do lixão, medida que trouxe reflexos positivos em toda a região. Antes de subir a serra, o lixo passa por uma unidade de transbordo no Sambaiatuba, onde foi preparado um pátio de triagem, com 800 m2, para a separação do material reciclável. As pessoas que vivem da triagem do lixo têm a sobrevivência garantida, uma vez que passaram a atuar como agentes de reciclagem no pátio já impermeabilizado e iluminado.

Os catadores são monitorados socialmente, a fim de participar, de acordo com suas necessidades, de programas de alfabetização ou capacitação profissional. Eles são organizados em uma cooperativa formada apenas pelos que realmente vivem da reciclagem, excluindo-se aqueles que apareciam eventualmente para coletar alimentos. Os catadores já retiram cerca de 400 toneladas/mês de material para reciclagem.Toda a área ao redor do lixão extinto recebeu sistema de drenagem e contenção e foi cercada por plantas.

A extinção do Lixão do Sambaiatuba atende, além das autoridades ambientais, antiga reivindicação dos moradores da Zona Noroeste de Santos, que enfrentaram durante 32 anos o problema do mau cheiro e dos incêndios. O depósito deixou de abrigar crianças catadoras, que passaram a ser assistidas pelo Projeto Novo Rumo, desenvolvido pela Secretaria de Cidadania e Ação Social, representava o mais antigo problema ambiental de São Vicente junto com a falta de saneamento (que também vem sendo solucionado, pois São Vicente tinha 17% de saneamento, em 1997, e, atualmente, tem 70%).

A coleta seletiva é outro projeto da Prefeitura que explica o resultado do relatório da Cetesb. Nos 30 bairros da Cidade, são recolhidas cerca de 300 toneladas/mês de vidros, metais, papéis, entre outros materiais recicláveis, cuja venda ajuda a manter as 65 creches municipais.

Além disso, São Vicente ultrapassou Curitiba, considerada modelo nacional em reciclagem. Enquanto a capital do Paraná reaproveita 4,56% de todo o material descartado pela população, São Vicente já recicla 5,29%. A coleta seletiva também reduziu o volume e, conseqüentemente, o custo da coleta domiciliar tradicional, o que ajuda a Cidade a economizar recursos com o transporte do lixo para o aterro sanitário situado em Mauá.

Coleta Seletiva
Segunda-feira – Centro; Praias; Ilha Porchat; Vila Valença; Jardim Independência; Vila Voturuá e Humaitá
Terça-feira - Vila São Jorge; Jardim Guassu; Vila Melo; Parque São Vicente; Beira Mar e Parque Continental
Quarta-feira – Catiapoã; Centro; Japuí; Vila Jockey Club e Jardim Rio Branco
Quinta-feira - Parque Bitaru; Vila Nossa Senhora de Fátima; Parque das Bandeiras e Gleba II
Sexta-feira - Vila Valença; Jardim Independência; Vila Voturuá; Cidade Náutica I e Tancredo Neves; Samaritá; Vila Emma e Vila Nova São Vicente
Sábado - Esplanada dos Barreiros; Vila Margarida e Cidade Náutica III
Horário da Coleta: 8h às 16h20

Publicado por: Neimar Perez

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